Já faz um tempo que nós voltamos pra casa. Depois desses quase 3 meses nós já vimos quase todos os nossos amigos e a vida vai aos poucos voltando ao normal. Mas ainda tenho algumas histórias pra contar. Logo depois de sair do Vietnam nós ainda passamos uma semana no continente asiático. Voltamos à Bangkok por 5 dias. Bangkok foi o nosso centro de viagens por aqui e não poderíamos ter escolhido melhor. Muitas compras, ternos, camisas e calças e uma nova mala pra carregar as coisas. Claro que dissecamos a cidade do ponto de vista gastronômico e no final estávamos pedindo penico, já com medo de explodir.
Depois da farra Tailandesa, seguimos em direção a Hong Kong, nosso último destino internacional. 2 dias foram o suficiente para se hospedar numa das cidades mais caras do mundo. Hong Kong lembra um pouco o Rio de Janeiro, mas com mais ilhas e com o litoral ainda mais recortado. A malha rodoviária é impressionante com pontes, túneis se sobrepondo no relevo da região. O sistema de transporte é o mais organizado que já vi na vida. A consequência disso é que 90% da população usa algum meio de transporte público diariamente, o mais alto índice do planeta. A outra consequência é uma mínima quantidade de carros nas ruas. Chega a ser estranho imaginar que o “país” com a quarta maior densidade demográfica do mundo e mais de 7 milhões de pessoas tenha um tráfico de cidade do interior.
Algo que também nos chamou a atenção foi um comércio refinado de boutiques das mais famosas em quase todas as esquinas da cidade. É muuuuito dinheiro rodando por aqui e os preços são bem caros. Nosso referencial depois de passar os últimos três meses no Nepal, Tailândia, Laos, Cambodia e Vietnã foi por água abaixo. À noite a vista dos prédios na ilha é incrível e eles fazem um show de luzes e música que é considerado o programa número 1 da cidade, mas nós achamos pra lá de brega. Só não foi pior mesmo que o Bolero de Ravel em João Pessoa. Nossos últimos dias na Ásia foram bem quentes e úmidos. Uma neblina danada pairava sobre a cidade e o jeito era mesmo imaginar a beleza do lugar, que pelas fotos parece ser paradisíaco.
Na volta pra América, nossa primeira parada foi em Chicago por algumas horas pra pegar o vôo para nossa casinha em Boston. Depois de passar tantos meses vendo uma população pequena e magra, ao chegar nos States tomamos um susto com o tamanho dos americanos. O povo é muito grande e gordo, uma loucura!!!!!
Finalmente chegamos em casa por volta das 9 da noite, depois de não sei quantas horas dentro de avião e aeroporto. Os primeiros dias em Boston não foram fáceis. Apesar de estarmos em casa, por algum motivo nos parecia um pouco estranho. A casa parecia vazia, sem graça, sem personalidade, sem nosso toque. No dia seguinte a tarefa era tirar todas as caixas do porão e subir quatro lances de escada até o nosso andar. Tantas caixas que nós nem sabíamos o que tinha dentro delas. Depois de passar 11 meses somente com uma mochila, ficamos nos perguntando pra que precisamos de tanta coisa. E por causa do mofo tivemos mesmo que nos desfazer de um bocado de roupa, sapato, toalha e lençois. Passamos 3 dias lavando roupas com vinagre e secando no nosso forte sol de verão.
Depois da canseira da viagem o descanso que tivemos foi conversar com nossos vizinhos que vinham nos contar que liam nossos blogs e que adoraram tal e tal história. Na nossa segunda noite fomos convidados a um jantar num restaurante, onde vimos vários dos nossos grande amigos. Uma ótima noite pra nos lembrar que estamos de volta em casa.
Mas a viagem anda não tinha terminado. Decidimos começar nossa viagem pelos States. Antes de sair o Jason fez uma entrevista no emprego antigo dele e já estava quase garantido a sua volta e com direito a aumento. Fizemos a mala, enchemos o tanque do carro e fomos visitar meus grandes amigos Aécio e Débora em Cleveland. Depois fomos visitar Danni, Nuno, Luís e Leo em Iowa City. De lá seguimos pra visitar a família do Jason no Texas. E claro que paramos pra fazer um pouco de turismo visitando as cataratas do Niágara, o Rock n Roll Hall of Fame e a casa do Elvis Presley em Memphis. Por falar nisso, a casa dele foi um passeio surpreendente e pra mim o melhor do turismo que fizemos nessas 3 semanas de “road-trip”.
Fazer esse blog não é tão mais interessante como antes e ainda tenho algumas idéias pra postar antes de finalizar tudo. Alguns pontos filosóficos e alguns números. Espero terminar isso logo, por enquanto aí estão algumas das fotos do nosso último mês de flozô.