Travesseiro de tigre, só faltava essa mesmo…

Sair de Bankok não foi fácil, mas a gente tinha que continuar nossa perigrinação no sudeste asiático. O sul da Tailândia é conhecido mundialmente por ter praias e ilhas paradisíacas, mas nosso rumo era mesmo o norte da região em direção ao Laos. No caminho paramos pra conhecer duas cidades da região: Sukotai e Chiang Mai.

Lord Buddha in Sukhothai

Quando era pequeno, me lembro que minha tia tinha um gato siamês. O gato era bem bonito e, apesar de não gostar muito de gatos, sempre ficava fascinado com as cores do pelo e dos olhos. Nunca tinha parado para pensar que esses gatos vinham de um lugar chamado Sião. Mas onde fica esse lugar? Na realidade, Sião não existe mais, mas foi exatamente no século XIII em Sukhotai que esse reino que hoje se chama Tailândia iniciou sua história. A cidade fica cerca de 400 Km ao norte de Bangkok e foi devastada por inimigos no século XV. Algumas das ruínas localizadas a 15 minutos da cidade nova ainda estão presentes para contar a história.

To Go Bags

O lugar é grande e por isso a melhor forma de visitar o sítio, que é tombado pela Unesco, é de bicicleta. Infelizmente andar de bicicleta num calor de 30 graus com sol a pino não é muito divertido. Além disso as ruínas deixaram um pouco a desejar. A melhor delas sem dúvida era de um Buda gigante sentado num salão bem pequeno, cuja entrada era uma porta em forma de fenda, bem diferente das demais.

Cooking School Classmates

Nosso melhor programa na cidade foi mesmo a nossa visita ao mercado nortuno. Meu pai iria adorar essa região, pois eles têm mercado de manhã e de noite. O turismo aqui não é muito difundido e pouca gente fala inglês. Apesar da comunicação ser um pouco difícil, as pessoas eram bem humildes e sempre estavam querendo nos mostrar todas as comidas disponíveis. Tudo que a gente provava era muito bom e observar a dinâmica do mercado com gente comprando o jantar por cerca de 1 real e levando para casa em sacos plásticos era bem interessante.
Duas noites foram suficientes em Sukotai e seguimos 300 Km ao norte, já quase fronteira com Miamar em direção à Chiang Mai. A maior cidade do norte do país é considerada por muitos um dos melhores destinos de férias em todo mundo. Além de ter lindos templos budistas, montanhas, cachoeiras, uma cozinha diferente do resto do país, também tem um punhado de outras atividades interessantes. A chamada “rosa do norte” é um desses lugares que você planeja ficar 3 dias, mas quer ficar 1 semana.

You Call That Spicy! HA!

Como nós gostamos muito de cozinhar, resolvemos entrar num curso de um dia para tentar poder replicar um pouco dessa arte no nosso dia-a-dia em Boston. . No início foi um pouco complexo, mas depois notamos que os ingredientes eram basicamente os mesmos. O segredo do negócio é mesmo a mistura desses temperos que tornam os pratos da Tailândia simplesmente inigualáveis. Nosso dia começou com um tour no mercado para comprar alimentos bem frecos, seguido de uma visita numa fazenda e várias horas cozinhando. A parte mais difícil foi mesmo comer os 5 pratos diferentes que cada um de nós cozinhou. Aprendemos também que arroz nessa região é como uva e vinho. Muitos tipos diferentes e quanto mais velho mais caro.

Scooters Are Fun!

Nosso último dia em Chiang Mai foi cheio de atividades e totalmente diferente de tudo que fizemos nessa viagem até agora. Decidimos alugar 2 scooters, cada uma por US$ 7 e ter um pouco mais de liberdade para visitar a região. A última vez que tinha andado de mobilete (é o nooooovo!!!!) foi há 20 anos atrás. Sair no meio do tráfego no centro de Chiang Mai foi bem difícil, mas fora da cidade tudo ficou mais fácil. O caminho de 18 Km em direção ao alto da montanha Doi Suthep era cheio de curvas e cercado por uma floresta espessa cheia de cachoeiras. Sem dúvida o trajeto foi o ponto alto da viagem. No topo, um templo budista, provavelmente o mais dourado que vimos até agora e lindas vistas da cidade.

Just keep Dreaming and Everything will Be Fine!

De lá seguimos para um outro tipo de templo que não é tão conhecido pelos tailandeses, mas extremamente popular para turistas estrangeiros. O chamado Templos dos Tigres, fica um pouco distante, mas como estávamos motorizados isso não era problema. O esquema era bem simples: a gente entrava dentro de uma jaula com tigres de 200 Kg e ficava acariciando os felinos por cerca de 10 minutos. Os gatinhos adoravam quando a gente passava a mão na barriguinha deles. A experiência, apesar de perigosa, foi única. Imagine só ficar deitado sobre animais cujas patinhas eram do tamanho do nosso rosto!

Don't smile or I'll Kick Ya

À noite combinamos com alguns amigos que conhecemos para assistir às famosas lutas de boxe tailandês. Não sou muito chegado em lutas, mas devo confessar que foi bem legal ver o que acontece no ringue. Foram várias lutas, dentre elas uma de mulheres e outra de adolescentes, mas a principal, entre um suiço e um lutador local foi a de maior suspense. A parte mais engraçada foi o show do intervalo quando eles colocaram 6 lutadores vendados no ringue lutando. Eles batiam até no no juiz! Uma comédia total!

Rice Galore

Chiang Mai é um local cheio de atividades turísticas e eu nem falei dos imensos mercados que acontecem no final de semana. A cidade também serve de ponto de partida para cidades pequenas da região e para o Laos. Na nossa próxima viagem à Tailândia, Chiang Mai com certeza fará parte do nosso itinerário.

So Soft... But Please Don't Eat ME

Algumas fotos das frutas exóticas, dos templos e dos tigres estão nesse link.

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2 Responses to Travesseiro de tigre, só faltava essa mesmo…

  1. Marília Aguiar says:

    Caramba, Marcelo! Esse negócio de acariciar tigre… Coisa pra macho, viu???

  2. Lia Campos says:

    Cara, tu é doido!
    Nessa jaula eu não entrava nem f…….!

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