Bangkok e todas as suas cores

Jovens monges caminhando em frente a um templo

Alguns amigos, familiares e pessoas que conhecemos mundo afora quase sempre nos perguntam: “como vocês conseguem ficar tanto tempo longe de casa? Não tão cansados? Depois de alguns dias de férias, já fico pensando em voltar pra casa”.  Nós também temos essa mesma sensação quando viajamos por menos tempo. A idéia de voltar pra casa normalmente nos acompanha quando tiramos férias por algumas semanas. Quando chega perto do fim, aquela saudade da casa, da cama e do seu lindo banheirinho se tornam bem mais concretos e aí bate aquela vontade de estar de volta no seio do lar. Nossa contagem final já começou, mas é complicado pensar em voltar para Boston quando nossa próxima parada é Bangkok.

Contraste do novo e velho

O vôo de Katmandu até a chamada Cidade dos Anjos(nome oficial) foi tranquilo. O Aeroporto Internacional de Bangkok é um espetáculo e já era fácil ver que tudo ia ser bem diferente do nosso último mês no Nepal. Um trem moderno e silencioso liga o aeroporto até o sistema de metrô da cidade. Tudo é muito limpo e bem organizado com instruções em tailandês e em inglês. No dia seguinte de manhã podíamos ver a cidade despertando, em poucas horas boa parte dos seus 8 millhões de habitantes andava nas ruas, nos carros modernos ou nos sistema de transporte público. A capital da Tailândia é a maior, a mais desenvolvida, a mais ocidental e a mais rica cidade do vale do Mekong, que inclui outros 3 países que ainda vamos visitar: Laos, Cambodia e Vietnã. No passado Bangkok era chamada de Veneza do Oriente já que as principais rotas de transporte na cidade eram através dos rios e canais que cortavam a cidade. Esses canais foram aterrados e deram lugar a imensos viadutos e arranha-céus espelhados, que fariam nossas metrópoles do Brasil morrer de inveja. Ainda existe transporte de passageiros e cargas entre as duas magens do rio, mas a cidade e a maioria dos monumentos turísticos se concentram na margem leste.

Templo do Buda Esmeralda

Em Bangkok descobrimos uma cidade cuja cultura está centrada ao redor do Budismo. São inúmeros os templos, que eles chamam de Wats, nos 4 quantos da cidade. Alguns tão grandes que ocupam uma quadra inteira, outros menores e discretos. Visitamos 3 templos considerados os mais importantes e todos eles de graça, pois era feriado no país. O que chamava mais atenção era o colorido das pinturas, murais, obeliscos e telhados; além da quantidade de dourado presente em toda a parte. Vários monges com suas roupas cor laranja fazendo-se bem distintos do resto da população, rezavam ou abençoavam os presentes nos wats. Nos pátios e dentro das principais salas, fiéis de todas as idades se ajoelhavam e iniciavam seus rituais e oferendas diante das inúmeras imagens negras, douradas ou de pedra do Buddha. Não só nos templos, mas andando pela cidade vimos altares em toda parte, com muitas frutas, água, refrigerante, flores, incenso e até galinha morta. O engraçado é que niguém toca. Fiquei pensando no Brasil, onde também existe um grande respeito quando se vê uma galinha morta, com velas numa encruzinhada no meio do caminho.

Muitas imagens do Buda

Um dos motivos Bangkok é uma grande atração turística da região é pelas compras. Nós visitamos muitas cidades com uma veia comercial nata, mas Bangkok parece estar em outro nível. Desde os enormes shopping centers para os ricos, até o maior mercado aberto da Ásia, passando pelos inúmeros camelôs no centro da cidade, Bangkok é um paraíso para compradores inveterados. Muita coisa falsificada, mas tudo com muita qualidade e várias lojas com material original e diferente do que vemos nos States ou no Brasil. E o precinho bem baixinho, do jeito que todo mundo gosta.

Bangkok é também conhecida internacionalmente pelo turismo sexual. Já vi, até muitas vezes, comparações com Fortaleza devido ao grande número de homens que viajam aos dois lugares com o mesmo objetivo. Descobrimos, porém, que diferentemente do Brasil, prostituição na Tailândia é ilegal. A polícia geralmente faz vista grossa, mas de vez em quando visita bordéis e casas de massagens e até chega a prender clientes. É muito comum ver homens (brancos) mais velhos andando na rua com meninas tailandesas bem mais novas. Em outras áreas da cidade existem shows eróticos e os famosos shows de ping-pong, onde as garotas acertam as bolinhas de ping-pong em cestos de lixo depois de inseri-las na vagina. Hoje em dia os shows não são só de ping-pong mas também de dardos acertando bolas de soprar e até peixes para acertar num aquário, pode?

Food Carts Galore

A Chicken That Didn't Make the Cut

Como a gente não se interessou muito por esses shows (descobrimos que algumas dessas garotas se cortam nos shows, além de viverem em condições de escravidão), voltamos para um outro atrativo onde Bangkok é quase imbatível: a comida . Comer em um restaurante por aqui é quase um sacrilégio quando podemos provar tanta coisa diferente pulando de um stand para outro nas calçadas das ruas. Um website conhecido sobre a região diz o seguinte: “quanto mais barato, melhor a comida na Tailândia”. Nossa opinião é que ninguém combina melhor o doce, o salgado, o azedo e o apimentado como nesse país.

Everybody Likes to Come to Bangkok, Even the Mnks via Bus

Os pratos ficam prontos em menos de 5 minutos, com ingredientes frescos, geralmente bem saudáveis e tudo custa entre 1 e 2 dólares.
Ainda bem que Bangkok será nosso último destino uma semana antes de regressarmos a Boston. Teremos, então, uma última chance de nos despedir da comida e ainda fazer umas últimas comprinhas na colorida Cidade dos Anjos.
Aqui algumas das nossas fotos da cidade.

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